Em um bairro onde a arquitetura se equilibra entre o passado e o futuro, uma residência de 223 m² se ergue como um manifesto urbano. Seu desenho ousado reflete uma fusão entre minimalismo estrutural e expressividade artística. O vidro, o metal e a fluidez dos espaços definem a identidade da construção, mas é a grande arte de rua em sua fachada principal que transforma a casa em um ícone.

A transparência é um dos conceitos fundamentais do projeto. Grandes planos de vidro eliminam barreiras visuais, conectando interior e exterior, enquanto a estrutura metálica, esguia e precisa, reforça a leveza da composição. O layout foi pensado para criar ambientes amplos e contínuos, onde a luz natural percorre os espaços sem obstáculos, destacando a materialidade bruta dos elementos construtivos.

Porém, é na fachada principal que a casa realmente revela sua alma. A grande obra de arte urbana, assinada por um renomado muralista, rompe com qualquer expectativa convencional de uma residência tradicional. As cores vibrantes e as formas expressivas da pintura dialogam com a rigidez geométrica da edificação, criando uma tensão visual intrigante. Não é apenas uma casa, mas uma galeria viva, uma extensão da cidade e de sua cultura efervescente.

Aqui, arquitetura e arte não são elementos separados. A casa respira a identidade do lugar, valoriza o entorno e convida a cidade para dentro. É uma residência para quem vê o espaço construído não apenas como abrigo, mas como narrativa – um reflexo da vida contemporânea em sua forma mais autêntica.